MASP 60 ANOS VIRTUDE E APARÊNCIA


Masp-60 anos apresenta
VIRTUDE E APARÊNCIA (A CAMINHO DO MODERNO)
Botticelli, Rafael, Tintoretto e El Greco em exposição
Virtude e Aparência (A Caminho do Moderno) reúne obras de Botticelli, Andréa Mantegna, Pietro Perugino, Bellini, Rafael, Tintoretto, El Greco, Bosch e Dornicke, entre outros, em um conjunto de 46 obras do século XIII ao XVIII. A mostra estará disposta em quatro grupos: “Pré-renascença”, “Primeiro momento moderno”, “Mais drama, mais ação” e “À superfície das coisas”.
Esta é a terceira das quatro exposições temáticas do acervo do MASP, uma das mais preciosas coleções do mundo. A mostra será aberta ao público dia 18 de julho. Assim como nas duas exposições temáticas já abertas, em Virtude e Aparência (A Caminho do Moderno) o público poderá ter uma visão compreensiva, com textos explicativos, sobre obras específicas da mostra.
Desde outubro de 2007, como parte das festividades de seu 60º aniversário, o MASP apresenta seu acervo em nova estrutura física e conceitual. Abandonou sua antiga divisão por períodos e regiões geopolíticas para adotar a divisão por temas. Desta forma, o visitante pode apreciar obras de períodos distintos, lado a lado. Em outubro será inaugurada a quarta e última exposição temática do acervo, “Olhar e Ser Visto (Retratos, auto-retratos)”, completando exatamente um ano de comemorações.



TEXTO DO CURADOR DO MASP
PROF. TEIXEIRA COELHO

VIRTUDE E APARÊNCIA
A caminho do moderno


Nesta exposição, estão presentes duas linhas de força da história da arte ocidental. A primeira se traduz na idéia de que, ao olhar-se para uma obra, era preciso ver além do que estava nela representado. Como John Ruskin insistia no século XIX, entregar-se à imitação, insistir no valor da arte por sua capacidade de reproduzir as coisas tais quais era pouco e vulgar; os prazeres desse olhar primário estavam entre os mais desprezíveis. Na arte de tema religioso, essa linha está presente: a beleza de uma madona não reside tanto (ou nada) no que se vê na tela mas num outro plano, além ou superior, acessível apenas ao intelecto. A virtude da obra estava em grande parte fora dela, talvez acima dela. Há virtudes visíveis, sem dúvida, como a perícia do artista. Mas a principal delas ficava além do visível. São exemplos dessa linha obras do século XIII como a Madonna, do Maestro Del Bigallo, além das de Rafael, Bellini e Botticelli.
Ao lado dessa arte, porém, para atender a outras necessidades da aristocracia e da burguesia nascente num mundo em transformação, surge no século XVI uma outra voltada para as aparências em todo visíveis. Entre essas, a nascente arte da paisagem e do retrato. Virtudes imateriais ainda existem, mas as aparências da tela começam a predominar — são, mesmo, essenciais. Tudo está à superfície das coisas e o prazer consiste em vê-las, a exemplo do que se vê nas telas de Metsys, Boucher e Fragonard representando cenas do dia a dia ou aquelas cuja beleza maior está no equilíbrio entre as cores da pele e dos tecidos das personagens.
Este jogo entre o visível e o invisível, entre conteúdo conceitual e uma superfície que logo se entrega ao olhar, está na base da arte ocidental. Apresenta-se, nesta mostra, obras do momento em que essa separação e esse conflito instalam-se na arte ocidental e dos instantes logo posteriores, quando as aparências se afirmam e se caminha para o moderno.



VIRTUDE E APARÊNCIA (A CAMINHO DO MODERNO)
A partir de 18 de julho
Vernissage para convidados: 17 de julho, às 19h.

MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Av. Paulista, 1.578 - Cerqueira César - São Paulo – SP.
Horário: terça-feira a domingo e feriados, das 11h às 18h; quinta até 20h.
A bilheteria fecha uma hora antes.
Ingresso: R$ 15 (inteira) e R$ 7 (estudante), gratuito às terças-feiras e diariamente para menores de 10 anos e maiores de 60 anos.
Informações ao público: 11 3251 5644.
www.masp.art.br

Informações à imprensa:
Comunique Assessoria de Comunicação

Fones 11 3812 2780 / 3294-2400.
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