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MASP apresenta 22 esculturas e 193 fotografias inéditas do escultor francês Auguste Rodin
Mostra traz pela primeira vez a São Paulo 193 fotografias originais do processo criativo do artista em seu ateliê, entre os anos 1880 e 1910. Além das imagens, a monumental escultura As Três Sombras, exposta pela primeira vez fora do jardim do Museu Rodin, em Paris, é uma das 22 esculpidas em bronze e mármore que dão corpo à exposição. Rodin: do ateliê ao museu – Fotografias e Esculturas abre ao público em 28 de outubro e fica em cartaz até 13 de dezembro no 1º andar do MASP.
Uma mostra com esculturas e fotografias inéditas de um dos principais artistas franceses, o escultor Auguste Rodin, chega ao MASP após bater o recorde de visitação da Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte (MG). Rodin: do ateliê ao museu – Fotografias e Esculturas reúne pela 1ª vez no Brasil 193 fotografias e 22 esculturas, algumas delas debutando fora da terra natal de Rodin (1840-1917). Com curadoria de Hélène Pinet, responsável pelo setor de Fotografia do Museu Rodin, e Dominique Viéville, diretor da instituição, a mostra faz parte das ações comemorativas do MASP ao Ano da França no Brasil.
A exposição foi trazida ao Brasil pela Base7 Projetos Culturais, que organizou a vinda de todas as obras e produziu o evento. “A importância da mostra vai além de uma viagem profunda pelas obras de Rodin. O ineditismo de algumas esculturas, pela primeira vez exibidas fora do Museu, também enriquece ainda mais o cenário”, explica Maria Eugênia Saturni, diretora da Base7. Após a temporada no MASP, as imagens serão mantidas em reserva técnica durante cinco anos para conservação.
A mostra traz imagens registradas por diferentes fotógrafos (alguns profissionais hoje esquecidos, outros jovens que se iniciavam na profissão, alguns amadores e outros, ainda, ligados à edição) contratados pelo próprio artista, entre 1880 e 1910. As cenas trazem ao público o processo criativo de Rodin em seu ateliê, em Paris, e revelam sua fascinação pela fotografia, arte que nascera apenas um ano antes dele. As fotos também foram utilizadas para divulgação na imprensa, o que parece remeter a um desejo do artista de direcionar o olhar dos espectadores sobre sua obra, numa tentativa de destacar o que considerava mais importante a ser apreciado.
Segundo a curadora Hélène Pinet, as fotografias estão organizadas de forma cronológica , com o objetivo de valorizar o trabalho dos diferentes fotógrafos que produziram para Rodin. “É a diversidade dos pontos de vista destes fotógrafos que a exposição busca ressaltar, além da versatilidade com a qual o escultor utilizou este suporte a partir de 1880, momento em que começou a adquirir reconhecimento”,explica.Em diálogo com as fotografias, 22 esculturas, duas delas de proporções monumentais, formam o acervo. A obra As Três Sombras (1902-1904), retirada do Jardim do Museu Rodin e que jamais havia sido exposta fora de Paris; a versão de A Eterna Primavera, bronze concebido em 1886; e As Bênçãos, peça de mármore feita entre 1896 e 1911, nunca antes mostradas fora do Museu Rodin, são alguns dos destaques da exposição.
A técnica e abordagem da anatomia dos corpos que transmite ao espectador sensação de movimento é conseqüência da clara referência que a arte de Rodin tem na obra do renascentista italiano Michelangelo. No entanto, ao contrário do italiano, que esculpia com as próprias mãos o bloco de mármore, Rodin, depois de desenhar, esculpir em formato menor em argila e fazer os moldes em gesso, passava a contar com ajudantes para ampliá-las em outros materiais.
A exposição Rodin: do Ateliê ao Museu - Fotografias e Esculturas é uma realização , da Base7 Projetos Culturais, do Museu Rodin, do Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) e da Casa Fiat de Cultura, com patrocínio da Fiat, copatrocínio do banco Itaú e apoio do Ministério da Cultura e dos Comissariados Francês e Brasileiro do Ano da França no Brasil. A organização e produção estão a cargo da Base7, proponente do projeto no Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet.
Serviço Educativo
Assim como em mostras compostas por obras do acervo e todas as exposições temporárias realizadas pelo MASP, Rodin: do Ateliê ao Museu - Fotografias e Esculturas - conta com um programa educativo elaborado especialmente para atender o público em geral, professores e alunos de escolas das redes pública e privada. As visitas orientadas são realizadas por uma equipe de educadores capacitados pela instituição. Mais informações: 3251 5644 (ramal 2112).
Rodin e a história da fotografia
Ao longo da década de 1880, a fotografia esteve sempre presente no ateliê de Auguste Rodin, no mesmo ambiente onde os blocos de argila ganhavam forma, onde os Cidadãos de Calais foram modelados nus antes de ganhar vestes e onde a Porta do Inferno se cobriu ainda com uma multidão de figuras. Por diversas vezes, o escultor contratou diferentes fotógrafos para registrar seu processo de trabalho.
Mais tarde, quando as argilas transformaram-se em gesso, bronze e mármore, o ateliê tornou-se cada vez mais ocupado. Ao final dos anos 1890, já artista reconhecido por seus pares e pelo público, Rodin passou a orientar, mais sistematicamente, o trabalho de Eugène Druet e Jacques-Ernest Bulloz, que passaram a se revezar como seus fotógrafos oficiais. Trata-se das imagens que seriam publicadas mais amplamente pela imprensa. “A cronologia revela-se, portanto, o primeiro fio condutor desta exposição. O segundo será a evolução do papel da fotografia em relação à obra esculpida”, comenta Hélène Pinet.
Primeiro movimento estético na história da fotografia, o pictorialismo desenvolveu-se no começo do século XX. Integrantes dessa escola, os fotógrafos Edward Steichen, Stephen Haweis, Henry Coles e Jean Limet apresentaram-se, no ateliê de Rodin, como artistas e o escultor encantou-se pela interpretação bastante pessoal que realizaram de suas esculturas.
O colecionador
Um amontoado de antiguidades greco-romanas, miniaturas persas e gravuras japonesas, artigos de imprensa, livros, revistas, correspondências e arquivos fotográficos preenchiam as gavetas, vitrines e prateleiras dos ateliês e das casas de Rodin. Ao longo de sua trajetória, Rodin reuniu cerca de 7 mil fotografias dele próprio, de seus próximos e de suas esculturas.
A fotografia mostrou-se útil para o artista, inicialmente, para fazer avançar o seu trabalho. Logo depois, ele passou a utilizar a técnica como o principal meio de divulgação de sua obra no mundo. Os catálogos e a imprensa fizeram seu trabalho circular por diversos países. Neste sentido, a coleção de fotos de Rodin reflete, ao mesmo tempo, o seu percurso como escultor e a evolução técnica do novo suporte.
A partir da morte de Rodin, as pastas repletas de negativos caíram no esquecimento e assim permaneceram durante várias décadas. Somente em 1960, graças ao fotógrafo Robert Descharnes, pesquisas foram realizadas para uma publicação sobre o escultor. Em 1970, os pesquisadores passaram a ter acesso aos arquivos devido à política de abertura instituída por Monique Laurent, então diretora do Museu Rodin. Assim, os registros fotográficos puderam ser decifrados em seu cruzamento tanto com a carreira de Rodin quanto com a história da fotografia.
Tais pesquisas tornaram possível a apresentação, hoje, dos diversos agentes dessa história: Bodmer, Pannelier, Freuler, Druet e Bulloz, que atenderam cada um à sua maneira às solicitações de Rodin, ou Limet, Haweis e Coles, bem como Steichen, que foram verdadeiros intérpretes de sua obra.
Rodin: do ateliê ao museu – Fotografias e Esculturas

Realização e coordenação: MASP, Base7 Projetos Culturais e Casa Fiat de Cultura Vernissage: 27 de outubro, 19h
Exposição: 28 de outubro a 13 de setembro Patrocínio: Fiat Co-patrocínio: Banco Iveco Capital Apoio: Banco Itaú e Comissariados Francês e Brasileiro do Ano da França no Brasil
Coordenação de produção: Base7 Montagem: Equipe MASP Horários: De terças-feiras a domingos e feriados, das 11h às 18h. Às quintas-feiras, das 11h às 20h.
Ingressos: Inteira: R$ 15,00. Estudantes: R$ 7,00. Gratuito até 10 anos e acima de 60 anos. Às terças-feiras a entrada é gratuita para todos.
Classificação etária: Livre MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand Av. Paulista, 1578. Fone: (11) 3251 5644.
Acesso a deficientes. Estacionamento conveniado ao lado, na Av. Paulista, R$ 10,00 Mais informações ao público:
www.masp.art.br
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